quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

MAIS UM GRANDE POETA...

DIGA
Wilson de Oliveira Carvalho

Como a velocidade de um ciclone,
passei a caminhar sem rumo, sem
destino certo, não houve tempo para uma
prévia escolha...

Foi assim que aconteceu,
exatamente igual a uma inesperada
chuva de verão.

Foi como um raio que ilumina
a noite de luz, depois então,
o retorno à escuridão...

Se for capaz, diga que não
é verdade, diga se não existiu
peculiaridade com o nosso caso...

Diga se não houve júbilo
em nossa aproximação, como a
sucessão de incontáveis faíscas...

Diga que não houve juras, e
uma pertinaz crença, a ponto de
julgarmos que tudo entre nós seria uma bênção.

Se um dia tomar conhecimento deste texto,
por favor, diga se a nossa história não foi
o maior embuste de outrora...

DUAS ALMAS SEPARADAS
Wilson de Oliveira Carvalho

Onde quer que colocamos o que
nos embalou por tanto tempo, temos
que admitir, foi muito bem guardado,
que nós o responsáveis, acabamos esquecendo do local.

É tão tristonho mas, o fato,
mais fingido que o real, demonstra crueldade,
entregamos a sublimidade de um afeto,
aos cuidados do acaso.

O nosso tempo passou, muitas
manhãs surgiram como igual quantidade
de noites, muitos amores debutaram, e outros
tantos morreram, como o nosso que não
sabemos sequer, onde foi inumado.

A ocupação da dissensão e contrastes em nossas vidas,
é mais um daqueles casos que não teve o desvelo
necessário, imperou o "eu" de cada um, e não
o "nós" como é necessário...

Sopram os ares do verão, e com eles
sentimos o cheiro da saudade,
sem tardança o outono vai se aproximar,
e com certeza, vai anunciar o inverno de
duas almas separadas, como sempre faz...

A claridade rósea que ilumina no céu na primavera,
não sei se veremos...

POSTADO POR GENA MARIA
16/01/08
SP

2 comentários:

Anônimo disse...

MEUS CUMPRIMENTOS, E PARABÉNS POETA WILSON,
Efigênia Coutinho

Anônimo disse...

Bom dia Efigênia.

Obrigado. Fico feliz de receber elogios de quem sempre admirei.
Beijos....Wilson