domingo, 22 de junho de 2008

POEMA DE MINHA AMIGA AMÁLIA LOPES


DIAS DE AMOR


Levanto-me, conto as pétalas que no meu sonho
perfumou a nossa paixão.
Vou caminhando sem destino, sempre com o aroma
da saudade.
Saudade das juras de amor,
das tuas mãos na pele do meu corpo
tão amarrotado do teu silêncio.

Vou escrevendo esperança em papel de sonho.

Escrevo ilusão, mas a tua pele está seca
e não ouves as palavras.
Fantasiei o amor no passar dos dias, falei-te da vida
do nosso mundo, do nosso sol-pôr
do fio da verdade.

Esperei-te nas ondas do meu caminhar
esperei o teu sono no meu ombro
esperei as tuas mãos no meu cabelo, queria guardá-las
entre as tuas gargalhadas na brisa fresca
dos teus lábios, e no brilho da inquietação dos gestos e das emoções.
Queria abraçar-te no meu mundo, neste templo com hinos de amor.
Deslizo, nas rugas dos lençois que ouviram o nosso amar, que
sentiram o sonho duma noite.
É tão urgente abreviar esta demora, e procurar
os caminhos da ternura.
É tão urgente os abraços nos labirintos do coração
e na secura da alma atordoada num desejo
e na fogueira do meu corpo.

Esperei-te tão nua
somente vestida de luar.
Esperei-te, sim, no perfume duma flor...e no fascinio do silêncio...chamei o teu nome...


Amália LOPES
Lisboa, junho2008

terça-feira, 17 de junho de 2008

POR QUÊ ?
Gena Maria

Quantas vezes eu perguntei...
Perguntei milhões de vezes
a você coração, por que falhei?
Se amar foi um erro por que me deixou amar?

Se amei sem pensar, se a razão não usei
foi porque você estava a comandar...
Comandou meus passos,
que me levaram ao final
desta longa estrada tortuosa!

Comandou meus olhos,
para que só vissem a beleza,
passando despercebida as nuvens
cinzas que encobriam o meu céu!

Encobriu meu olhos para que eu
não enxergasse a maldade humana
mostrando-me apenas o lado bom.

Por que coração...Não me orientou nesta caminhada
Mostrando-me que as pedras existem também?
Que deveria tê-las contornado
E não as colecionado para construir um castelo
com apenas sonhos em seu interior?

Por que coração,você tinha que insistir
em comandar minha razão...
Deixando-me agorafrente a uma realidade...
Que só me feriu e machucou?
Por que coração?
MARÍLIA - 17/06/08
SP

sábado, 14 de junho de 2008

MÁGICO AMOR



Existe um amor
que quando surge,
faz com que se queira
fugir dele.

Um amor impossível,
diferente do sonhado,
cheio de dificuldades,
mas se mostra mágico.

Por mais que se fuja,
mais ele se fortalece.
A presença do amado
parece uma sombra constante.

Sempre se quer
um amor que seja alegre,
que se possa contar ao mundo,
que não precise se ocultar.

Mas nem se sabe como,
as tramas do destino
vão sendo tecidas na surdina,
por um amor abafado.

Amor sofrido, chorado
que tira o riso e o suspiro,
mas que se mostra guerreiro,
sobrevivente, altaneiro.

Se um dia ele se realizará
com tudo aquilo que o amor traz
não se sabe ainda...
há todo um sonho, há toda a magia.

De doces momentos compartilhados,
apenas numa virtual janela do mundo,
talvez quem sabe um dia, este amor
se desvele com todas as suas cores.

Guida Linhares
Santos/SP/Brasil
14/06/08

quinta-feira, 12 de junho de 2008

MEU ETERNO NAMORADO
Gena Maria

Quando nos conhecemos você ainda era uma linda criança, querendo chegar a adolescência.
Muito lindo com seus cabelos loiros, bochechas bem vermelhinhas, lindos olhos verdes e com sardas por todo o rosto!
Brincamos de mãe da rua, pique e salva, passa anel, queimada, enfim de todas as brincadeiras infantis e inocentes da nossa época!


Tornamo-nos confidentes, falando de nossos amores e amigos.
Você todo lindo como era, tinha uma grande fila de admiradoras pelo bairro...
E assim o tempo foi passando e sem que percebêssemos nossa linda amizade foi se transformando em algo maior.


Descobrimos que tínhamos os mesmos interesses e gostávamos das mesmas coisas.
Começamos a ter ciúme dos admiradores, eu parei de levar os recados das meninas a você e assim ao descobrirmos através de amigos que estávamos apaixonados e começamos a namorar.
Foi um namoro bem ingênuo e lindo!
Vocês imaginam a inocência da época que, para segurar em minha mão pela primeira vez ele perguntou a uma amiga se eu permitiria que fizesse isso!?
E assim foi o dia de maior emoção,quando estávamos no cinema e você timidamente segurou a minha mão.
Ah foi até engraçado, ficamos com as mãos estáticas, tínhamos medo do menor movimento, vergonha de qualquer carinho; eu muito tímida, você também...
Mas, este lindo e inocente amor foi se transformando num namoro mais sério e meus pais proibiram.
Colocaram-me em colégio interno, onde fiquei por uns quatro anos, sendo levada para a fazenda nas férias.
Mas, de nada adiantou pois o namoro continuou por uns longos oito anos e hoje somos casados e muito felizes, não é meu bem?
Do ínicio do namoro até hoje, lá se vão quarenta e cinco anos de amor!
Por isso e por muito mais, quero neste dia tão especial que nunca deixamos de comemorar, dizer a você que meu amor não mudou nada, que você ainda é meu lindo vizinho que mecheu com minha cabeça de uma maneira tão eterna
e o meu
ETERNO NAMORADO!
Um grande beijo e saiba meu bem, que eu amo você como da primeira vez!
Obrigada por me amar também.


Marília-12/06/2008
SP

segunda-feira, 26 de maio de 2008

MOMENTO ROMÂNTICO

Um beijo p`ra você
.
Guida Linhares
.
Hoje lembrei muito de você.
Ontem também morri de saudades,
de nossos antigos e maravilhosos tempos,
quando tudo eram só carinhos e felicidades.
.
Às vezes me pego pensando,
como os anos passaram velozes.
O nosso amor que parecia tão sólido.
despedaçou-se ao toque dos ventos muito fortes.
.
Neste instante, fecho os olhos e me transporto,
até onde estás. O que estarás fazendo neste momento?
Quisera que de alguma forma você soubesse,
que continuo te amando em pensamento.
.
Santos/SP - 26/05/08
12:30 hs
.
&&&

sábado, 24 de maio de 2008


QUANDO VENHO TE VER


Eu, quando venho te ver:

é com o coração saltitante de alegria,

é como se cego, eu visse a luz do dia...


Eu, quando venho te ver:

quanto este momento foi esperado!...

Sufoquei o ímpeto do meu coração

ó meu doce, perfil amado!


Eu, quando venho te ver:

é com saudade fora do comum

e pelos poucos momentos que iremos ter

vamos vivê-los, como momento algum...


Eu, quando venho te ver:

não te quero triste e distraída,

se és a parte da minha vida,

a razão do meu próprio ser!...



Eu, quando venho te ver:

é com o coração cheio de amor

esperanços o para oferecer

como a brisa acariciando a flor!...


Por isso, quando venho te ver:

quero teu amor, tua alegria,

nos meus braços feliz te envolver,

até que chegue nosso eterno dia!
Wandisley Garcia
(respeite os direitos autorais, gostou, faça o seu!)

Postado por Gena Maria
23/05/08
Marília- SP

domingo, 18 de maio de 2008

CULINÁRIA POÉTICA

BRIGADEIRO DO AMOR
Mag Abreu / Guida Linhares
.
.
Hoje estou de mal com a vida!
Briguei com o amado por coisinhas tolas,
O sol está a pino, mas chove a cântaros,
em meu triste coração!

Oh céus! O que fazer pra tristeza ir embora?
Ah! Já sei...leite condensado!
Abro a lata, mas de repente penso:
porque não um brigadeiro?

Ponho na panela o leite condensado
com muito cuidado,
pensando amorosamente no doce
que é a delícia dos deuses e das crianças.

Um punhado de estimulante chocolate,
espalha cor na brancura do leite.
Escorrego uma colherada de manteiga
que é pra azeitar minha alegria!

Acendo o fogo do calor humano
e aconchego à panela,
mexendo carinhosamente
com a colher de pau...

Ah os tempos da minha avó...
ela também usava a colher de pau
e mexia e remexia,
no fogo lento,
pro brigadeiro não queimar!

Tem que soltar
da panela ela dizia...
e então fica no ponto!
O doce aroma subiu
e impregnou a cozinha.
Que gostosos são, os aromas da vida!
De repente ele surge...
o brigadeiro? Não!
O meu amado,
com a cara amassada
e um sorriso meio de lado e pergunta?

Tem doce hoje?
Você adivinhou,
pois estou loucode vontade de adoçar o meu coração!
Larguei a panela
e corri aos seus braços
e nos beijamos...
e de repente o aroma mudou
para um doce queimado...

Vige! o amado disse...
estou queimando de amor!
Ah maravilha!...
desliguei a panela
e fomos saborear o mais doce brigadeiro
que a vida pode nos oferecer!

Santos/SP > novembro 2005
.
.
-0-0-0-0-